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Carlos Hollanda


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O ATENTADO TERRORISTA EM MADRI E AS ESTRELAS FIXAS
NOTA: O texto que se segue foi escrito logo após o atentado ocorrido em Madri, em 11.03.2004 e enviado diretamente para a mala-direta do Astro-Síntese. Não se sabia ainda a hora exata do evento e estimava-se que tivesse ocorrido por volta das 07:30 h., hora local. Igualmente estava-se em dúvida quanto à autoria do ataque, se era do ETA, grupo separatista basco, ou da Al Qaeda, grupo terrorista liderado por Osama Bin Laden. Ao final do dia e no dia posterior ao envio do artigo, descobriu-se que o horário correto do atentado foi 07:38h. No entanto, é curioso que a estimativa de horário antecipada pela imprensa tenha coincidido com um grau de Ascendente que nos graus simbólicos tem profunda analogia com o ocorrido. Passado certo tempo, a suspeita sobre o ETA foi desfeita e descobriu-se que os autores foram os terroristas da Al Qaeda. No final do artigo foi escrito apenas o nome do primeiro grupo. Ainda assim, com a diferença de 8 minutos do horário e com a omissão do nome do grupo de Bin Laden como autor da catástrofe, o posicionamento de alguns planetas sobre estrelas fixas é um tanto revelador, daí o fato de o artigo conservar parte de sua importância.

Às 07:30 h. de 11 de março de 2004, ocorreu o maior atentado da história da Europa, em Madri, Espanha, envolvendo vários trens, tendo um número de mortos superior a 180 pessoas e mais de mil feridos. (leia também o artigo sobre o "Ano Novo Astrológico", com alguns comentários sobre a violência do último período de 12 meses)

O mapa do momento do atentado mostra Plutão no Meio do Céu em quadratura com o Sol e com Mercúrio, posicionado no Ascendente, para aquela localidade e horário. Júpiter, planeta relacionado aos transportes coletivos, embora recebendo aspectos fluentes de Vênus e da Lua, está em oposição (traduzindo o astrologuês para quem não conhece, a oposição é um aspecto tenso, em muitos casos associado a adversidades, embora não em todos os casos) com o Sol e com Mercúrio. Júpiter também está em quincunce com Netuno, que, por sua vez, encontra-se na décima segunda casa do mapa do atentado. Isso sugere a forma sub-reptícia do ataque, causando caos no sistema de saúde local (os hospitais ficaram extremamente cheios, não só de vítimas, mas também de pessoas solidárias que se dispuseram a doar sangue e ajudar no que fosse preciso). Hospitais têm relação com a casa 12 e com Netuno, sendo que o ataque envolveu uma maioria de trabalhadores que vivem em cidades vizinhas (vizinhos - Mercúrio afetado pela quadratura com Plutão e regendo a casa 3, igualmente relacionada aos vizinhos). Os trabalhadores, portanto, representados pelo Júpiter na casa 6 e em Virgem, tensamente aspectado. Note-se que o dia de trabalho para um grande contingente, mesmo o que não foi diretamente afetado pelo incidente, simplesmente terminou.

Marte, já recebendo uma oposição da Lua, está, também, em quincunce com Plutão. Esse aspecto entre esses dois planetas costuma surgir, na análise de mapas individuais, em épocas em que as pessoas podem estar optando por cirurgias, em que podem fazê-las forçosamente, em acidentes e falecimentos. Nenhum dos efeitos enumerados, no entanto, é absoluto e ocorre em todos os casos, muito embora seja extremamente comum ocorrerem situações dramáticas quando tal configuração ativa pontos fundamentais do mapa individual, do mapa radical de cidades ou de países etc. Plutão, dispositor moderno da Lua em Escorpião, está numa situação de grande evidência no mapa do atentado, estando angular, sendo ativado por um aspecto (tenso) com o Sol e por outro (também tenso) com o dispositor tradicional da mesma Lua (Marte). Aliás, Marte, Plutão, Júpiter e o Meio do Céu (que está em conjunção com Plutão) estão vinculados a algumas estrelas fixas, que nas configurações do mapa do momento do atentado chamam a atenção por angularidade e por estarem tocando pontos cruciais do mapa.

Marte está conjunto a Capulus, a espada do Perseu, um aglomerado comumente associado a violência, destrutividade e ações quase tão drásticas quanto aquelas descritas para Algol, que, com Capulus, forma uma espécie de par. Capulus, a espada, é o instrumento que Perseu usou para decepar a cabeça da Medusa (Algol).

A CABEÇA DE ESCULÁPIO:
TENTANDO CURAR AS FERIDAS

Plutão está conjunto, há algum tempo, a Ras Alhegue, a cabeça do Ophiuco (o serpentário, que também pode ser visto como Esculápio, filho de Apolo, deus da medicina), o que indica uma convergência de fatores que chamam a atenção para a saúde pública, para perigos de envenenamento, para a cura de pessoas. Em se tratando de um planeta lento e geracional como Plutão, podemos acrescentar "cura coletiva" ou a necessidade premente disso.

O Meio do Céu está conjunto a Shaula, uma das estrelas situadas no ferrão do Escorpião, ou melhor, a cauda levantada do Escorpião, pronta para desferir o golpe mortal, o que por si só já delineia algumas de suas características destrutivas. Estando conjunto a Plutão, no caso deste mapa um fator de grave importância, a consideração desse vínculo entre o Meio do Céu e a estrela é muito válida.

Júpiter, em sua retrogradação, tornou a alcançar a estrela Zosma, da constelação do Leão, mais precisamente as costas ou o quadril do animal. Uma descrição completamente afim do simbolismo dessa estrela com o episódio é obtida pelo seguinte título: "uma vítima ou um salvador". Zosma costuma estar potente no mapa de pessoas preocupadas em auxiliar aqueles que sofrem, especialmente as vítimas de circunstâncias de força maior. Igualmente é a estrela da vítima, isto é, a que costuma associar-se a eventos traumáticos onde pessoas precisam ser resgatadas com urgência.

A combinação entre essas estrelas e os planetas envolvidos em aspectação tensa é bastante sugestiva do acontecimento, lembrando que não só Júpiter, como já disse acima, rege sistemas de transportes coletivos, como Plutão estando em Sagitário acaba, em determinadas configurações como esta, estando associado também a transporte de massa.

Por fim, eis um trecho de um trabalho reunido pelo astrólogo Raul V. Martinez a respeito dos graus simbólicos do Calendário Tebaico e da Volosfera, para o grau do Ascendente - 18 graus e 6 minutos de Peixes (separei os graus mais próximos, em vista da possibilidade de o horário dado para as explosões estar com diferença de alguns poucos minutos). Os textos descrevem imagens simbólicas que em certos casos quase descrevem os eventos:

Peixes 17. Um homem cai na água, os braços levantados, pedindo socorro, apavorado com o desabamento da ponte, enquanto abaixo um homem corre para jogar-se voluntariamente no rio.

ou Um homem que se lança na água.

Peixes 18. Um cavalo carregando seu cavaleiro sem sela cai ao saltar uma barreira, levando a desordem ao restante do bando de cavalos do prado, onde dois se lançam um sobre o outro para se morderem.

ou Dois cavalos que se batem.

Peixes 19. Num laboratório, sobre uma mesa longa, estão colocadas ferramentas e instrumentos utilizados em química e em medicina; na extremidade da mesa, um preparador mói alguma coisa num almofariz.

ou Um homem que se perfura com um gládio.

O grau 17 é bastante sugestivo e está de acordo com a situação vivida pelos espanhóis, embora a situação não tenha envolvido uma ponte nem um rio, mostrava uma catástrofe e um pedido de socorro atendido por alguém que se dispunha a ajudar a despeito da própria segurança. O 18 sujere a desordem no trânsito, entre sistemas de transportes associados a Júpiter e a Sagitário (os cavalos...) e uma situação de conflito. Já quanto ao grau 19, parece que a segunda opção "um homem que se perfura com um gládio", sugere que o "ferimento" provocado em Madri foi perpetrado por quem está dentro do povo, misturado a ele, uma parcela autodestrutiva dele mesmo, apesar de estarmos falando de um possível atentado de terroristas bascos do ETA, que defendem a separação de seu país em função de cultura, idioma e diversos costumes bastante diferentes dos espanhóis. De qualquer maneira, isso não me parece justificar um ato terrorista qualquer que seja, mas especialmente um dessa magnitude.

(leia também o artigo sobre o "Ano Novo Astrológico", com alguns comentários sobre a violência do último período de 12 meses)