O Escafandrista Cósmico Antonio Carlos Harres e José Maria Gomes Neto  | 
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               OFICINA DE INVERNO DE CONSTELAR Pré-lançamento: DOMINGO, 
               
 
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 José Maria Gomes Neto Duas importantes mudanças de signos 
                de planetas “pesados” ou mais lentos ocorrem dentro 
                de 2003. O 1o. Choque foi com a entrada de Urano em Peixes, em 
                março de 2003. Essa mudança entre as dimensões 
                do Ar para Água ocorreu com o mundo assistindo na invasão 
                do Iraque, a dor e o flagelo humano causados pelo  E agora, o segundo choque: (3 de junho 2003) - Saturno em Câncer sugere os seguintes e breves comentários: - Saturno encontra domicílio em Capricórnio signo de Terra e o seu oposto é Câncer, signo da Água, portanto, seu exilo. Esta não é a posição zodiacal mais confortável para Saturno, pois para o que este planeta representa, a natureza dos sentimentos é pouco palpável. Assim a entrada de Saturno em Câncer pode trazer inseguranças e medos como algo a fugir do controle - trazendo necessidade de defesa e demasiado controle da situação. - O signo de Câncer é como um “olho d´água” fonte original de águas cristalinas, onde minam sentimentos puros, de proteção e cuidado com o íntimo, o carinho, a ternura, a vinculação familiar, e com aquilo que dá liga, e que tem tradição; - O desenho do símbolo de Câncer também pode se visto como os olhos da alma, da alma coletiva da qual todos que se amálgamam fazem parte. A alma da família, a alma de uma nação. Alguns autores dizem que Câncer é o útero do Zodíaco, o berçário das almas, as águas cardinais, primeiras, onde se acolhe e se desenvolve a vida desde a criação do mundo. No embrião, a evolução de todas as espécies até o despertar da consciência, quando se abrem os olhinhos. Outros autores se referem a Câncer como e etapa do despertar dessa consciência dos estados instintivos, mais primitivos de ser, instinto gregário de reservação, de proteção para a formação de prole, de comunidade, núcleo, ou ninho. Através de Câncer nos vinculamos à família humana, em sua raiz. Cada qual é avatar de uma humanidade inteira. A contar pela linha ascendente de pais, avós, bisavós, a quantidade de gente necessária, em dois mil anos, para se estar aqui hoje chega-se à ordem de um bilhão de pessoas. O signo de Câncer também pode ser visto como o lago, berçário de vida, manguezais, nos quais habitam caranguejos, lá na base da montanha do Capricórnio. A INVASÃO Saturno mergulhando em Câncer aflora o sentimento de invasão do próprio domicílio, da própria casa é a casa da Lua a Lua é o Povo é lá nesse sentido de pertinência a uma nação onde se comungam memórias de tradições ancestrais e raízes com os antepassados. Esse sentimento de invasão leva à radicalização das posições, e à auto-proteção, pelo instinto natural de defesa de todo povo que está sendo atacado em sua tradição. Podemos, portanto, assistir pelo que se configura, a intensificação das lutas entre antigas tradições, recrudescimento do fundamentalismo, justificando a presença de insegurança e medo durante esse período que Saturno atravessa Câncer - até julho de 2005. O desenho de Saturno se assemelha a uma foice. A ceifa. Ao entrar em Câncer, a foice atinge a raiz: ou sugere a tentativa de cortar o mal pela raiz, erradicar o mal, ou ainda pode se caracterizar como um atentado às antigas tradições. Trata-se, portanto, de distinguir, o que é o mal, e o que precisa ser cortado. O paradoxo das conseqüências desse trânsito de Saturno por Câncer é a construção de fronteiras cada vez mais rígidas entre os povos e nações, como um muro sólido em volta do lago, ou de alguma forma de represa, o que implica em isolamento e o fortalecimento interno de crenças e idéias. O sentimento de ameaça pode gerar exclusão, num mundo em franco processo de globalização, que necessita cada vez mais integrar e conviver com as diferenças e não, por hegemonia, homogeneizar comportamento e ações. Assim, ações que não respeitam diferenças potencializam reações cada vez mais radicais à invasão, e reforçam o fundamentalismo. No nível individual, na área do mapa onde Saturno entra em Câncer ocorre uma espécie de invasão, a pessoa pode experimentar: - um sentimento de ameaça que leva à tentativa de controle excessivo das situações à volta e das emoções. Ou o controle das situações através das emoções. Não se pode controlar o fluxo do rio, é preciso aprender a navegar. - sentimentos represados que transbordam em confusões mentais e atingem o meio ambiente. Tendência à manipulação. - necessidade de isolamento para não se expor. - medo da intimidade reveladora (“olhando de perto, ninguém é normal”). O medo pode ter uma função protetora, e salvadora em alguns casos. - o isolamento interior a pessoa afasta-se de suas verdadeiras necessidades de contato e de pertinência. - ressignificação do passado rompimento com as raízes apodrecidas que impedem a liberação do potencial criativo. A SAÍDA PELO TRÍGONO Saturno e Urano formam trigono exato em 26 de junho, ajudando-se mutuamente, como que abrindo uma saída para soluções nas áreas do mapa comprometidas pelos 2 choques, ou mudança de tom desses dois planetas. As saídas pelos trígonos de água sugerem a necesidade de um mergulho nas dimensões da alma do mundo, seja no nível genético, biológico, energético ou kármico, pelo aleitamento cultural, com o intuito de reconhecer as dinâmicas que a humanidade traz como marcas, ou feridas-cicatrizes, de um destino familiar, social ou coletivo. É uma grande oportunidade de enxergar o que cabe a cada um, e para se obter o direito de viver o destino individual livre das sagas dos antepassados, ou a história se repete. Esses signos de Câncer e de Peixes 
                são acessos às dimensões mais profundas do 
                Ser, através dos quais experimentamos sentimentos de pertinência, 
                a necessidade gregária da alma de fazer parte e sentir-se 
                incluída, na formação de ninho, e na transformação 
                gerada pela mútua interação com cada outro, 
                na busca da unidade com o Todo. É o poder da subjetividade 
                que dá acesso à espiritualidade. E através 
                dessa sensibilidade, ora ativada por estes planetas transitando 
                por signos de água, é que vivemos a dor do outro, 
                que é a dor do mundo, e desenvolvemos a compaixão, 
                e percebemos a  O Escafandrista 
                Cósmico Antônio Carlos Harres Comecei a estudar Astrologia quando Saturno entrou em Câncer em 1972, exatamente como me foi revelado em sonho quatro anos antes: chegando a uma pequena cabana em meio a um arvoredo, lá dentro encontrava uma senhora de cabelos brancos sentada numa cadeira de balanço e que me apontou um imenso livro num dos cantos da sala, dizendo que nele se encontrava a história de todas as pessoas do mundo. Imediatamente abri o livro de finas páginas tal como uma bíblia e em estreitas colunas estavam escritos os destinos das pessoas. Busquei meu nome e o encontrei, com uma listagem ano a ano do que iria acontecer, só que não conseguia entender: estava escrito em alemão! Acordei decepcionado por não ter podido saber meu futuro. EMMA COSTET Em 72 conheci a Da. Emma, ela atendia as pessoas em duas pequenas salas aos fundos de sua casa, na Rua Tiradentes em Porto Alegre - aos fundos do hospital alemão onde nasci - ladeadas por pequenas árvores. O livro com a história de todas as pessoas do mundo eram as efemérides e as colunas que não conseguia ler eram as posições diárias dos planetas. Suas efemérides, assim como ela, eram alemãs... o soNho acertou até a nacionalidade da senhora de cabelos brancos. De um simples e curioso aluno que só pretendia estudar para conhecer a si mesmo, me tornei um colaborador intenso até 1977 quando me fixei no eixo RJ/SP. Meu aprendizado foi feito essencialmente calculando e datilografando algumas milhares de interpretações que ela fez, já então com quase 50 anos de prática. Se tenho algum lastro - aquela água que os navios carregam em seu bojo para que se mantenham em equilíbrio quando navegam - devo inteiramente a Saturno em Câncer. Lembro que quando Saturno estava em Capricórnio, 
                junto com Urano, Netuno e o Sol, houve o acidente do Bateau Mouche, 
                o barco que virou por que tinha mais peso no convés do 
                que no casco, o que o fez girar sobre si mesmo e ficar com o calado 
                para a superfície, afogando tragicamente tantas pessoas. 
                Talvez a água que fique nos tanques de lastro fique exilada 
                das demais, contida e isolada, mas assim como nossas memórias 
                e experiências mais profundas, sirva de lastro para nos 
                manter em equilíbrio, nos trazer de volta ao prumo quando 
                os maremotos da vida nos assolam. Emma tinha Netuno a 2 graus 
                de Câncer, eu, Urano a 2 de Cancer e meu avô, em cuja 
                casa vi pela primeira vez um livro de Astrologia, o Sol a 2 de 
                Câncer, e quando Saturno passou por ali esta cadeia se completou. 
                Estou curioso para ver o que me espera agora...  |