Cátedra de Astrologia
Benedito José Paccanaro - fale com o autor
O historiador e astrólogo Berosus era visto com tanta consideração pelos gregos, que lhe ergueram uma grande estátua “com a língua de ouro maciço!”, notadamente pelo motivo de ter realizado predições exatas.

A Astrologia foi difundida no Egito através dos ensinamentos de Berosus, na ilha de Cos, em 330 a.C. Também é devido a Berosus a propagação da Astrologia entre os gregos. Os gregos levam a Astrologia a Roma onde era utilizada pelos altos tribunos
Berosus, sacerdote caldeu, portanto, trouxe às regiões mediterrâneas o conhecimento sobre Astrologia fundando a primeira escola desta arte do Ocidente.

Plínio conta que Berosus ensinou Astrologia na ilha de Cos a estudantes que vinham de regiões distantes para estudar Medicina.

Pelos ensinamentos de Berosus sabe-se que os antigos caldeus conheciam a existência das Eras Astrológicas, mesmo que não dispusessem de meios para comprovar o fenômeno da precessão dos equinócios. Os antigos astrólogos da Mesopotâmia acreditavam que a história da humanidade dividia-se em períodos regidos precessivamente pelos signos do Zodíaco.

O interesse da astrologia nos reporta desde as práticas verificadas na China, Pérsia, Índia, e entre os astecas. Podemos dizer que a estrutura da astrologia chegou à Europa oriunda da chamada “sabedoria do Oriente”, ou “luz do Oriente”.

A introdução da astrologia na Grécia verificou-se em decorrência do contato de Alexandre, o Grande, com a cultura da Mesopotâmia.

A relação homem e cosmo foi estabelecida, na Grécia, por volta de 530 a.C. O estudo do mapa astral individual, também na Grécia, teve como baluarte a figura de Ptolomeu, no século II. Beirando o início da Era Cristã a Universidade de Constantinopla cria a cátedra de Astrologia.

Na Europa, em Bolonha, no ano de 1125 é criada a cátedra de Astrologia. Os médicos eram obrigados a ter conhecimentos de Astrologia cujo requisito era indispensável para a formação acadêmica.

Por volta da metade do século XIII, existia uma cadeira de Astrologia nas universidades espanholas obrigatória para conseguir permissão para a atividade de cirurgião.

Na Europa medieval a astrologia era ensinada nas universidades, como parte do curso de “artes” e a distinção entre astronomia e astrologia era muito menos definida do que viria a se tornar ao longo dos séculos 17 e 18.

Na França de Luís XIV, a Astrologia foi banida das universidades pelo ministro Colbert, em 1666, também presidente da Academia Francesa, por julgar que o sistema heliocêntrico de Copérnico colocava por terra os fundamentos básicos da disciplina.

O psicanalista Carl Gustav Jung promoveu um curso de Astrologia no Instituto de Psicologia na Universidade de Zurique, por volta de 1945 a 1955, curso este administrado pelo astrólogo Frankhauser.

Jung foi o criador da teoria da sincronicidade, cada parte é reflexo de um todo sendo a recíproca verdadeira.

A seriedade, profissionalidade e, principalmente, a profundidade com que o ser humano foi observado e a relação deste com as ciências ditas “esotéricas” por que pautou Jung foi um fator de extrema relevância para a expansão e o interesse pela Astrologia que verificamos nos dias atuais.

A partir do século XIII, quando o papa Inocêncio III estabeleceu a divisão entre ciência sagrada e ciência profana, a Astrologia iniciou um período de declínio.

Todo conhecimento e aspiração transcendental fora do poder e tutela da Igreja passou a ser taxado de herético e pecaminoso.

Passou por um longo período de hibernação, mas sobreviveu até os nossos dias, cultivada por espíritos empreendedores que nunca deixaram cair por terra suas idéias e ideais. O astrólogo em sua essência possui uma natureza idealista ante as adversidades e incompreensões a que está sujeito por parte dos menos esclarecidos ou daqueles que se dizem esclarecidos, mas mantém o espírito cético e combativo.

A Faculdade de Estudos Astrológicos, fundada no ano de 1948, em Londres e a Faculdade de Artes e Ciências Astrológicas localizada em Seattle, nos Estados Unidos, são exemplos do interesse desta nobre arte.

Na Índia recentemente o governo anunciou a pretensão de criar departamentos de astrologia em todas as universidades oferecendo bacharelado, mestrado e doutorado.

A Universidade de Zaragoza, fundada em 1542, ministrou curso denominado “El saber astrológico en Occidente: Perspectivas”, recentemente adentrando o terceiro milênio, onde pautou-se por uma ampla visão do conhecimento da Astrologia em seus diversos aspectos. Essa iniciativa é vista como o retorno da Astrologia a uma universidade espanhola.

Benedito José Paccanaro - fale com o autor

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