Curiosidades astrológicas
Benedito Paccanaro
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Afrodite e os Doze Deuses Olímpicos

Afrodite foi incluída no Círculo Olímpico dos Doze de forma curiosa e inusitada. Ela não era nem irmã de Zeus nem sua filha, e no entanto, não a podiam ignorar. Viera das costas asiáticas do Mediterrâneo, em frente à Grécia, (de acordo com o poeta Hesíodo, chegou vinda de Chipre) e reclamando sua grande antiguidade, ela estava uma geração à frente de Zeus, sendo (por assim dizer) uma irmã do pai dela e a encarnação do castrado pai primitivo dos deuses.

Afrodite, dessa maneira, tinha de ser incluída entre os deuses do Olimpo. Mas seu número total, doze, aparentemente, não podia ser excedido. A solução foi engenhosa - juntar um, pondo outro de lado. Uma vez que a Hades/Plutão fora dado domínio sobre o Mundo Inferior e não permanecera entre os grandes deuses no monte Olimpo, criou-se uma vaga, admiravelmente pronta para nela sentar-se Afrodite, no elitista grupo dos Doze.

Parece também que o número de doze era uma exigência que funcionava nos dois sentidos, ou seja, assim como não podia haver mais de doze habitantes no Olimpo, também nao podia haver menos.

Lei Titius-Bode:
Cosmológica ou Coincidência?

A lei de Titius-Bode foi estabelecida pelos astrônomos Johann Daniel Titius e Johannn Elert Bode e consiste na propriedade de as distâncias dos planetas ao Sol formarem seqüências em que cada uma é o dobro de sua antecessora.

Para entender melhor aconselha-se escrever a série 0, 3, 6, 12, 24, 48, 96 e assim por diante, depois adicionar 4 a cada número e assim obteremos 4, 7, 10, 16, 28, 52, 100.

A Lei citada declara que as distâncias dos planetas são proporcionais a estes números, isto é, se tomarmos a distância de Mercúrio ao Sol como sendo de 4 unidades, a de Vênus ao Sol será de 7, a da Terra de 10 unidades, de Marte de 16, de Júpiter de 52 e a de Saturno de 100.

Originalmente, o número 28 não tinha qualquer referência conhecida, até que foram descobertos os asteróides. Estendendo a Lei para além de 100, os astrônomos predisseram Urano, Netuno e Plutão. A descoberta destes nos lugares matematicamente indicados foi uma conquista devida à percepção intuitiva dos pesquisadores.

Bode que se inspirou nesta lei cosmológica concitou os astrônomos a procurar novos planetas nos espaços vagos da seqüência.

Em 1781, Willliam Herschel anunciou a descoberta de Urano, localizado numa das posições da lei. Pouco depois, ainda sob a inspiração dessa lei cosmológica, Bode descobriu o asteróide Ceres orbitando entre Marte e Júpiter. Mais tarde, John Couch Adams e Urbain Le Vernier descobriram indícios da existência de Netuno.

Surgiu um debate acerca de se considerar a lei uma propriedade do Sistema Solar ou uma mera coincidência numérica. Alguns cientistas admitem uma propriedade natural do Sistema Solar e não simplesmente uma coincidência.

O planeta Netuno foi descoberto no ano de 1846 e em 1930, Plutão; curioso é que esse espaço de tempo de 84 anos é justamente o número de anos do ciclo de Urano.

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